O fim, que afinal não passa do príncipio, é ter conseguido chegar aqui, ao amanhecer da minha alma e poder dizer todos os dias que sou feliz, verdadeiramente feliz.
30 outubro 2021
Sábado de chuva
28 outubro 2021
26 outubro 2021
Rotinas matinais
As minhas manhãs têm o condão de marcar o mood para o resto do dia, por isso tento que seja sempre um tempo de calma e em que desperto devagarinho. Ajuda ser a primeira a despertar, porque não sou muito fã de conversas logo ao acordar.
Para que as manhãs corram suavemente, as rotinas noturnas são essenciais. Portanto, as manhãs acabam por ser simplesmente eu a despachar-me para sair de casa a hora.
☑ Acordo às 7:20
☑ Lavo os dentes e o rosto
☑ Visto-me (com a roupa preparada no dia anterior)
☑ Preparo e tomo o pequeno-almoço
☑ Aplico creme e protetor solar no rosto
☑ Coloco a comida (já preparada na noite anterior) no saco térmico
Desta forma, como com mesmo muita calma. Se ainda tenho tempo posso escrever no bullet journal e não há grandes precalços, mesmo em dias em que estou me modo zombie.
24 outubro 2021
Rotina noturna
Músicas de outono
Não tenho playlists para cada uma das estações, porém o Outono é especial. É a estação dos recomeços, inicia-se uma época de introspeção, e começamos todos a ficar mais na toca.
Por isso, tenho músicas que gosto muito de ouvir nesta época. O meu álbum de eleição, desde 2012, é "The Cherry On My Cake" da Luísa sobral. Também ouço playlists da Nina Simone e Ella Fitzgerald e adoro!
A terapia é cara
Mas essa calma foi substituida nas últimas semanas pela inquietude:
É isto que quero ser? Porque é que me preocupo tanto em agradar os outros? Como é que posso ser mais criativa? Porque é que deixei de escrever? Deixei de escrever porque deixei de sofrer ou porque deixei de sonhar?
Queria que este texto fosse bonito, que fizesse sentido, que me levasse novamente a ser sonhadora e para os lugares onde já estive e para quem já fui. Mas essa já não sou eu! Evoluí para ser mais simples, menos complicada, mais conformada. Agora sinto algo no meu peito, algo que está prestes a explodir. E espero que haja mudança dentro dessa explosão. Quero voltar a escrever, quero voltar a sonhar... Quero desafios - na verdade, o que me traz aqui são desafios e só espero que sejam os desafios certos. Quero continuar a crescer, mas quero viver no momento e conseguir desfrutá-lo, porque tenho andado a adiar a vida.
Tenho escrito, mas de forma rotineira e superficial: "dormi bem! este edredão fez mesmo a diferença". Parece que tenho medo de ir às entranhas e trazer o que está lá dentro - a minha essência. Gosto de escrever. Porque é que parei? Deixei de acreditar que gosto de escrever? Parei de achar que gosto do que escrevo?
Olho à minha volta à procura de beleza e só vejo caos, é sintomático de como sinto a minha beleza física e interior. Sinto-me feia, por dentro e por fora. Toda eu sou olheiras, manchas na pele, gordura, a velhice a entrar-me pelos poros precocemente. Só que não desisti de mim e tenho de trazer de volta o que acho que perdi, o brilho no olhar, o sorriso, a vontade de ser melhor e mais bonita. Não me perdi... só me deixei em latência.