Tenho tentado aplicar os conceitos de mindfulness na minha vida: em momentos em que disperso, em que os meus pensamentos vagueiam por ansiedades do futuro ou depressões do passado, tento lembrar-me de respirar fundo e concentrar-me na respiração ou simplesmente no que está à minha volta.
Este
Inverno está a ser tranquilo, com pequenas alterações que têm
ajudado imenso. A decisão de não compactuar (ou pelo menos reduzir
a um mínimo) com o consumismo, em geral, e em particular da época
natalícia e conseguir levar para a frente, não comprando quaisquer
presentes, ajudou muito para um estado de espírito mais relaxado.
Tenho tentado estar mais presente na vida de algumas pessoas,
contrariando o meu lado "bicho-do-mato", e nesse aspecto
ainda há um longo caminho a percorrer porque existe tanta gente
importante na minha vida com quem quero estar mais, e a distância
não ajuda nem a falta de tempo. Mas vivo mais o agora, não
esquecendo os projetos do futuro nem as tarefas de desenvolvimento
pessoal a que me vou propondo. A escrita voltou a fazer parte do
dia-a-dia, não escrevo com pretensão de nada, mas apenas para mim e
para a minha alma. O exercício físico continua a fazer parte das
minhas rotinas e apenas quero intensificar os treinos. Tenho tido
sempre um livro na mesinha de cabeceira (neste momento é: “Os
Cadernos de Pickwick”), ouço música que me conforta a alma e
podcasts que me fazem rir ou aprender mais e vejo séries quando
quero relaxar de forma fácil ou com o Rui. Mas acima de tudo ando a
trabalhar em não ter expectativas, a ter objectivos mas sem
expectativas. E é tão difícil porque não conseguimos controlar
tantas coisas, nem mesmo em nós.
Por
isso, para 2017 os meus objectivos são continuar com o meu
desenvolvimento pessoal, sempre em busca do meu melhor e viver o
presente sem ansiedades ou depressões, evitar que o meu bem-estar
dependa de objectos ou de situações externas a mim e contribuir
para o bem-estar dos que me rodeiam (sem pretensiosismos).