Voltou, a vontade de escrever associada ao vazio, mas agora sem o vazio, sem a tristeza e a melancolia.
Sempre associei a minha vontade de escrever ao meu lado melancólico, apenas em dias tristes de chuva tinha vontade e inspiração para escrever (o meu sonho de criança era ser escritora, e tenho uma máquina de escrever que comprova esta paixão, que a minha vocação não quis acompanhar). Sempre foi assim, todas as minhas cartas da adolescência são tristes e dramáticas, as minhas tentativas de manter o hábito da escrita apenas eram concretizadas em tempos difíceis - que a bem da verdade não são os momentos que quero preservar na minha memória.
Hoje escrevo, as palavras não fluem, mas sinto-me inspirada. Quero continuar o meu crescimento e partilhá-lo. Não quero esquecer nunca aquilo que sou hoje, quero lembrar esta paz, alimentá-la e manter a calma e felicidade que tenho dentro de mim.
Escrever ajuda-me a estar grata pelo que tenho e pelo que sou hoje.
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