26 novembro 2013

Consumismo*...

Cá em casa andamos, finalmente, numa fase um bocadinho mais desafogada em termos financeiros. Decidimos, por isso, comprar itens da nossa lista de 30 dias - que na verdade já estão lá há vários meses. Coisas que precisamos mesmo, como roupa, outras que nos vão ajudar a nível profissional, como a nova máquina fotográfica e outras que não precisamos tanto, mas que já há algum tempo namorávamos (uma máquina de café que estava em promoção e o tablet, que comprámos com 20% de desconto). Comprámos tudo isto em muito pouco tempo e agora o meu telemóvel decide que quer ser substituído, porque sim. Decidiu ser estúpido. 

E a verdade é que todas estas compras em tão pouco tempo agoniam-me. Durante os últimos anos temos vivido com o dinheiro contado e por isso não compramos nada sem ser muito bem pensado. Não compro roupa todas as estações, não compro muitas coisas só porque sim. E vivo muito bem com isso. Claro que gosto de ter coisas bonitas e novas, mas não é isso que me faz feliz todos os dias, não é isso que me motiva a sair da cama. E agora sinto-me mal (acreditem quando digo agoniada) por termos comprado tantas coisas de repente. Não quero que nos tornemos em pessoas consumistas, como se vê em todo o lado. 

Leio blogues pessoais de tanta gente e há alguns que se queixam da falta de dinheiro e depois compram roupa (e exibem-na) mais do que uma vez por mês. Não entendo, juro que não... Não sou moralista, mas sei o que é viver com pouco dinheiro e não poder fazer coisas que gostamos. Mas não se queixem que não podem viajar quando compram roupa mensalmente. Eu não compro calças há mais de 1 ano e não conto comprar até à próxima estação, porque tenho coisas que quero mais fazer/ter. Portanto, é uma questão de prioridades. Quem não tem dinheiro (e sei que há muita gente a contá-lo para comer) não compra coisas supérfluas.

Isto tudo para dizer que realmente as coisas não trazem felicidade nem nada que se pareça, no meu caso pelo menos.

 * Texto de desabafo sobre o meu próprio consumismo

2 comentários:

Tété disse...

Tu és assim: não precisas de ter coisas materiais para ser feliz. :) Mas também és um pouco como o resto do mundo: algumas coisas materiais dão-te alegria. Por isso, não há razão nenhuma para ficares agoniada por terem feito alguns gastos neste momento. Não é isso que te torna uma pessoa consumista. :) Para quem tem o dinheiro contado, muitos gastos num curto período de tempo é assustador (digo isto com conhecimento de causa: os impostos no último mês varreram-nos as contas e o pagamento da ida a Portugal para duas pessoas trouxe-me insónias durante algumas noites). Porque uma pessoa não sabe o dia de amanhã, porque tem medo que aquele dinheiro que podia ter sido poupado venha a fazer falta. Mas viver com medo e poupar cada tostão ganho, impedindo-nos de ter de vez em quando um miminho, também não é vida porque se vive obcecado com os gastos e a poupança. :) Se a vida não permite grandes luxos, então vive-se com o dinheiro contado. E por vezes mimamo-nos (até porque sejamos sinceras: compraste coisas úteis. Podia ter-te dado para pior e comprar....um elefante. Esse sim seria um gasto estúpido e que te deveria deixar agoniada =P).

Mª João disse...

Sim, foi uma espécie de desabafo... apesar de saber que não sou consumista por aí além,tive apenas que externalizar o que senti. Um novo mês vem aí e já dá para re-equilibrar as contas!

:)))